terça-feira, 23 de junho de 2009

Amor,paixão,admiração,gozo sexual
palavra clara,és belo,cumplicidades mil,
da pele e da palavra,tudo nos une mas
o que nos mantém terrivelmente acesos e despertos e sôfregos
no desejo do outro é o segredo,o segredo que buscamos,
que nos leva a sentir que é sempre a primeira vez
_Um segredo que não sabemos qual é,
sequer se existe.
O segredo é o peso indefinido da penumbra que nos une
e que todos os dias vamos transformando numa luz
que nunca dexará de ser obscura,posta em causa
e mesmo assim nos cega.....


ÁCERCA DO AMOR:
"Quando ele te acenar .......segue-o"
Khalil Gibran

terça-feira, 9 de junho de 2009

Um tudo nada
mais fundo
Um tudo nada mais longe
e mais acima
Um tudo nada mais torpe
Um tudo nada
mais vasta e mais perdida




Um tudo nada
mais chama
Um tudo nada
mais só
e mais urdida
Um tudo nada
mais corpo
Um tudo nada
mais fogo..........


e mais despida
Aos olhos do tempo
a transgressão
das horas
*
pelo dentro das nervuras
das asas
*
pequenos capilares de vento
onde começa a vontade
de voar
*
num caminho
sedento
VULCÃO
Saber um extinto
vulcão
dentro do peito
*
Um espaço interdito
e vulnerável
*
Um coração de fogo
que perdeu a imagem
ETERNIDADE

Faço com as mãos
o destino das coisas
que me cercam
*
Tomando devagar o tempo incerto
Quebro e desarrumo
*
Perco

Diz
porque me sucedem as trevas
onde estou mergulhada
*
Foi em criança
que perdi a alma?
Os cheiros interiores
do corpo
*
A musgo
A linquen
A raizes perdidas
*
A cuspo
A vagina
A aguas paradas levemente aquecidas
CULTO
Reclusa retomo sempre
e sempre reinvento
o meu nada absoluto
*
A quem de mim própria
o que de mim oculto

domingo, 7 de junho de 2009

deixa que me entorne por ti

deixa que me faça escorrência em teu corpo

como a chuva num solo encharcado

ou que me entranhe

que tomes de imediato como se

comigo terminasse a mais violenta seca

condescende comigo deixa que force a metáfora

para mal do poema

tanto mais o amor é líquido

quanto mais nos queremos em mistura

SOLIDÃO
esquecer devagar o mundo
por dentro dos olhos reservar uma ilha
para os dias inevitáveis e deixar sem resguardos
que o ventre seque das minhas próprias mãos
morrer um dia de cada vez

quarta-feira, 3 de junho de 2009

PERDI-ME ?

Vivo num mundo de afectos
Perdi-me?
Deixo-me ir sem limites
visto-me de sonhos
iludo-me de sentires
mergulho num desafio de incertezas
exalo essências de ilusão
Perdi-me?.........

ACROBATA

Balanço emoções num
trapézio sem rede
Desnudo-me para ti
olhas-me....não me vês?
MOVIMENTO
Movimento-me no etéreo
do meu poder de alma
Tudo me é permitido
consciente do nada....que é tudo
AFAGO SENTIDOS......
ECOS

Essência sou.....
procuro sempre....
encontro as vezes......
ecos de mim...