sábado, 21 de fevereiro de 2009


Tu me bebes
e eu me converto na tua sede.
Meus lábios mordem,
meus dentes beijam,
minha pele te veste
e ficas ainda mais despida.
Pudesse eu ser tu
e em tua saudade ser a minha própria espera
Mas eu deito-me no teu leito
quando apenas queria dormir em ti.
E sonho-te
quando ansiava ser um sonho teu.
E levito,
voo de semente,para em mim mesmo te plantar
menos que flor:
simples perfume,lembrança de pétala sem chão onde tombar.
Teus olhos inundando os meus
e a minha vida, já sem leito,vai galgando margens
até tudo ser mar.
Esse mar que só há
depois do mar.

Sem comentários:

Enviar um comentário