sábado, 2 de maio de 2009

Coração é terra que ninguém vê

Quis ser um dia,
jardineira de um coração.
Sachei, mondei
- nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia,
jardineira de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura da ingratidão.
Coração é terra que ninguém vê
— diz o ditado.
Plantei, reguei,
nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
— teu coração.
Bati na porta de um coração.
Bati.
Bati.
Nada escutei.
Casa vazia.
Porta fechada,
foi que encontrei..........

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