quarta-feira, 13 de maio de 2009

Que pena eu ter meu caminho
como um rio que corre sem misturar-se
como uma nuvem que passa sozinha
como uma estrada que segue sem bifurcar-se.
Que pena eu ser assim:
sem afluentes.
Sem parcerias.
Sem dono.
Sem encruzilhada.
E ter a cara inteira, não metade.
Que pena eu ser total,
não ter um trevo;
uma esquina
Uma paralela,
uma brecha.
Um espaço em mim,
que pena eu ser assim:
com divisas.
que pena eu ser assim:
um sem outro.
Como um único sol e uma só lua.
E não como as meias: aos pares.

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