quarta-feira, 7 de janeiro de 2009


O meu desejo é fugir.
Fugir ao que conheço,
fugir ao que é meu,
fugir ao que amo.
Desejo partir, não para as Índias impossíveis,
ou para as grandes ilhas ao Sul de tudo,
mas para o lugar qualquer aldeia ou ermo
que tenha em si o não ser este lugar.
Quero não ver mais estes rostos,
estes hábitos e estes dias.
Quero repousar,
alheio do meu fingimento orgânico.
Quero sentir o sono chegar como vida,e não como repouso.
Uma cabana à beira mar,uma caverna,
até,no socalco rugoso de uma serra,
me pode dar isto.
Infelizmente só a minha vontade não pode dar.

Sem comentários:

Enviar um comentário