vou buscar-te ao fim da tarde,
...............e não mais te devolvo,
...........não mais te devolvo,
ocuparás o mundo debaixo
e sobre mim,
e não haverá mais mundo sem que seja assim....
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Dos fumos da distância,
Étereos e azulados,
Surge,
vertiginoso,
Um resplendor de chama.
Há fogueiras queimando
Os longes ensombrados;
Dir-se-á que o nosso olhar tudo o que toca inflama.
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Teixeira de Pascoaes
Resolvi andar na rua
com os olhos postos no chão.
Quem me quiser que me chame
ou que me toque com a mão.
Quando a angústia embaciar
de tédio os olhos vidrados,
olharei para os prédios altos,
para as telhas dos telhados.
Amador sem coisa amada,
aprendiz colegial.
Sou amador da existência,
não chego a profissional.
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António Gedeão;Foto Amanda Com
".......planta o teu jardim e decora a tua alma,
ao invés de esperar que alguém te traga flores.........."
ao invés de esperar que alguém te traga flores.........."
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William Shakespeare;Foto Graça Loureiro
- Se a Maria tem três maçã
se dá uma ao Nicolás,
com quantas fica?
-Em que pensas, Nicolás?
Não sabes a resposta?
-Se a Maria me dá uma maçã,
ainda me resta uma esperança.
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Jairo Aníbal Niño;Foto © Kirillbodr
Por vezes,até há gente que parece SOL
No fundo, arrancamos estas peles
para vestir essas.
Depois, o tempo dirá.
E o tempo diz sempre.
Mas em silêncio.
Sem falar.
No fundo,
trocamos de tripas,
oferecemos entranhas,
comemos esófagos uns aos outros
até digerir a solidão.
E por vezes, alguém surge do escuro
e dá-nos a mão.
Seja ou não seja dono de cão.
Nesses dias,
o sol parece gente.
Por vezes, até há gente que parece sol.
Depois, é caminhar, caminhar, caminhar.
É que no fundo, não temos lugar.
No fundo, arrancamos estas peles
para vestir essas.
Depois, o tempo dirá.
E o tempo diz sempre.
Mas em silêncio.
Sem falar.
No fundo,
trocamos de tripas,
oferecemos entranhas,
comemos esófagos uns aos outros
até digerir a solidão.
E por vezes, alguém surge do escuro
e dá-nos a mão.
Seja ou não seja dono de cão.
Nesses dias,
o sol parece gente.
Por vezes, até há gente que parece sol.
Depois, é caminhar, caminhar, caminhar.
É que no fundo, não temos lugar.
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Manuel Cintra;Foto Graça Loureiro
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
"O tempo cobre-se de musgo. (...)
Sublima-se a pouco e pouco,
dilui-se no sange inquieto
- é o início do esquecimento;
esse imenso limbo semi-obscuro
onde flutuarão rostos e gestos, corpos e palavras
- e nada terá sentido.
Mas reconhecerei as ruínas daquilo que amei,
daquilo que nomeei para entender o mundo."
".......quando os nossos corpos se separaram olhámo-nos quase a desejar ser felizes.
vesti-me devagar, mas o corpo a ser ridículo.
disse espero que encontres um homem que te ame,
e ambos baixámos o olhar por sabermos que esse homem não existe.
despedimo-nos.
tu ficaste para sempre deitada na cama e nua,
eu saí para sempre na noite.
olhámo-nos pela última vez e despedimo-nos sem sequer nos conhecermos."
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José Luís Peixoto;Foto by oaklea
"Nessas cerimónias e rituais que repetem,
com pequenos intervalos de tempo e com minúcia extrema,
um conjunto de movimentos e fórmulas verbais,
sentes-te como numa farsa -
alguém te promete, por semana,
o que nenhum humano numa vida pode dar."
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Gonçalo M. Tavares;Foto Graça Loureiro
Bento XVI atacou "o atual interesse por conseguir bens materiais, esquecendo a verdadeira natureza da pessoa humana e suas aspirações mais profundas".
"O resultado é, infelizmente, a incapacidade de cumprir com muitas necessidades de apoio dos pobres, e de compreender e não negar sua dignidade inalienável".
SÃO SÓ BOAS INTENÇÕES...........PALAVRAS DE GÉNIO...... HOJE TIVE UM SONHO...........
BENTO XVI VAI ABDICAR DAS SUAS RICAS VESTES, MORDOMIAS E OUTROS "BENS MATERIAIS"PARA AJUDAR A ACABAR COM A FOME NO MUNDO....
QUANTAS BOCAS DARIA PARA ALIMENTAR SÓ O CAJADO DE OURO QUE TEM NA MÃO?
QUANTA HIPOCRISIA.........PORQUE SONHEI?????
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!
Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!
Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...
E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando...
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!
Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!
Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...
E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando...
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Florbela Espanca--Foto Lilya Corneli
I.
Na cidade não se falava de amor
mas eu amava
e resistia à cidade
porque falava de amor.
II.
Uns viviam em ruas com nome
de escultor,
outros viviam em ruas com nome
de pintor,
muito poucos viviam em ruas com nome
de gente.
III.
Na cidade tudo era circular:
terminava no mesmo ponto
em que começava.
Redondos, inúteis,
sobrevivíamos
como as montanha lá ao fundo.
Na cidade não se falava de amor
mas eu amava
e resistia à cidade
porque falava de amor.
II.
Uns viviam em ruas com nome
de escultor,
outros viviam em ruas com nome
de pintor,
muito poucos viviam em ruas com nome
de gente.
III.
Na cidade tudo era circular:
terminava no mesmo ponto
em que começava.
Redondos, inúteis,
sobrevivíamos
como as montanha lá ao fundo.
Tenho uma grande constipação,
E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteram todo o sistema do universo,
Zangam-nos contra a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Dói-me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor!
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor.
O que fui outrora foi um desejo; partiu-se.
Adeus para sempre, rainha das fadas!
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando.
Não estarei bem se não me deitar na cama.
Nunca estive bem senão deitando-me no universo.
Excusez un peu... Que grande constipação física!
Preciso de verdade e da aspirina.
E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteram todo o sistema do universo,
Zangam-nos contra a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Dói-me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor!
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor.
O que fui outrora foi um desejo; partiu-se.
Adeus para sempre, rainha das fadas!
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando.
Não estarei bem se não me deitar na cama.
Nunca estive bem senão deitando-me no universo.
Excusez un peu... Que grande constipação física!
Preciso de verdade e da aspirina.
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Álvaro de Campos
domingo, 28 de dezembro de 2008
Convido-te(ao ouvido)
em carícia de vento
sob o teu corpo
de borboleta,
voando
no vale... tudo...
da sedução.........
em carícia de vento
sob o teu corpo
de borboleta,
voando
no vale... tudo...
da sedução.........
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Carlos Alfredo Couto Amaral
Gostava de morar na tua pele
desintegrar-me em ti e reintegrar-me
não este exílio escrito no papel
por não poder ser carne em tua carne.
Gostava de fazer o que tu queres
ser alma em tua alma em um só corpo
não o perto e o distante entre dois seres
não este haver sempre um e sempre o outro.
Um corpo noutro corpo e ao fim nenhum
tu és eu e eu sou tu e ambos ninguém
seremos sempre dois sendo só um.
Por isso esta ferida que faz bem
este prazer que dói como outro algum
e este estar-se tão dentro e sempre aquém
desintegrar-me em ti e reintegrar-me
não este exílio escrito no papel
por não poder ser carne em tua carne.
Gostava de fazer o que tu queres
ser alma em tua alma em um só corpo
não o perto e o distante entre dois seres
não este haver sempre um e sempre o outro.
Um corpo noutro corpo e ao fim nenhum
tu és eu e eu sou tu e ambos ninguém
seremos sempre dois sendo só um.
Por isso esta ferida que faz bem
este prazer que dói como outro algum
e este estar-se tão dentro e sempre aquém
sábado, 27 de dezembro de 2008
Se quiser caminhar sobre as águas
Caminho!
Nem que tenha de lutar contra ventos e tempestades
Dobrar Cabos Sem Esperança e vontades
Vencer um qualquer Adamastor.
Se quiser voar como as aves
Eu voo!
Mesmo desafiando leis e gravidade
Serei asas, voo e liberdade
Quebrarei amarras do destino plano e raso
E nada impedirá céu e voo.
Se quiser como um verme rastejar
Morder dos outros passos e terra
Como um verme rastejarei!
Porque minha
É a minha vontade
E minha a liberdade
E se chão quiser ser
Pó, terra e chão serei!
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Se pudesses ver que sou uma espécie em extinção:
humana, demasiado humana.
Se o teu cérebro pudesse autorizar
o teu coração,
se fechasses os olhos.
Se sentisses
toda esta constelação que treme
nas minhas mãos.
Se pudesses receber o meu coração,
olhá-lo fixamente,
ser sua testemunha
antes que se extinga.
Se pudesses..........
humana, demasiado humana.
Se o teu cérebro pudesse autorizar
o teu coração,
se fechasses os olhos.
Se sentisses
toda esta constelação que treme
nas minhas mãos.
Se pudesses receber o meu coração,
olhá-lo fixamente,
ser sua testemunha
antes que se extinga.
Se pudesses..........
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Lourdes Espínola; Foto DDiArte
Sulcas-me o corpo
com relevos mil.
Cercas-me
o olhar de alarme
se brandura.
Lavras-me a alma com brilhos e resplendor.
De ti nada sei,
ó infrene duração das coisas!
Nada sei,
a não ser a clara razão
com que talhas o mínimo acidente.
Sulcas-me.
Sorves o que a teus pés insisto e ponho.
E se tudo
tudo me levares, deixa-me
ao menos a ousadia do sonho.
com relevos mil.
Cercas-me
o olhar de alarme
se brandura.
Lavras-me a alma com brilhos e resplendor.
De ti nada sei,
ó infrene duração das coisas!
Nada sei,
a não ser a clara razão
com que talhas o mínimo acidente.
Sulcas-me.
Sorves o que a teus pés insisto e ponho.
E se tudo
tudo me levares, deixa-me
ao menos a ousadia do sonho.
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Victor Oliveira Mateus
Sonhei-te lentamente,
em plena consciência do disfarce.
Sabia-te irreal,
mas o sonho restava devagar.
Com pormenores tão lentos
que o tempo me sobrava de pensar.
Sentei-me ao pé de ti,
junto ao meu sonho, e pude ler indícios,
os símbolos que queria estavam lá.
Sonhei-te porque sim:
a confusão existe no real.
em plena consciência do disfarce.
Sabia-te irreal,
mas o sonho restava devagar.
Com pormenores tão lentos
que o tempo me sobrava de pensar.
Sentei-me ao pé de ti,
junto ao meu sonho, e pude ler indícios,
os símbolos que queria estavam lá.
Sonhei-te porque sim:
a confusão existe no real.
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Ana Luísa Amaral
Primeiro a tua mão sobre o meu seio.
Depois o pé - o meu - sobre o teu pé.
Logo o roçar urgente do joelho
e o ventre mais à frente na maré.
É a onda do ombro que se instala.
É a linha do dorso que se inscreve.
A mão agora impõe, já não embala
mas o beijo é carícia de tão leve.
O corpo roda: quer mais pele, mais quente.
A boca exige: quer mais sal, mais morno.
Já não há gesto que se não invente,
Ímpeto que não ache um abandono.
Então já a maré subiu de vez.
É todo o mar que inunda a nossa cama.
Afogados de amor e de nudez
somos a maré alta de quem ama.
Por fim o sono calmo que não é
senão ternura, intimidade, enleio:
o meu pé descansando no teu pé,
a tua mão dormindo no meu seio.
Depois o pé - o meu - sobre o teu pé.
Logo o roçar urgente do joelho
e o ventre mais à frente na maré.
É a onda do ombro que se instala.
É a linha do dorso que se inscreve.
A mão agora impõe, já não embala
mas o beijo é carícia de tão leve.
O corpo roda: quer mais pele, mais quente.
A boca exige: quer mais sal, mais morno.
Já não há gesto que se não invente,
Ímpeto que não ache um abandono.
Então já a maré subiu de vez.
É todo o mar que inunda a nossa cama.
Afogados de amor e de nudez
somos a maré alta de quem ama.
Por fim o sono calmo que não é
senão ternura, intimidade, enleio:
o meu pé descansando no teu pé,
a tua mão dormindo no meu seio.
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Rosa Lobato Faria
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Ainda ontem pensava que não era
mais do que um fragmento trémulo sem ritmo
na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera,
e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.
Eles dizem-me no seu despertar:
" Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia
sobre a margem infinita
de um mar infinito."
E no meu sonho eu respondo-lhes:
"Eu sou o mar infinito,
e todos os mundos não passam de grãos de areia
sobre a minha margem."
Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?"
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Kahlil Gibran
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Caminho eternamente sobre estas margens,
entre a areia e a espuma.
O fluxo do mar apagará a impressão dos meus passos,
e o vento levará a espuma.
Mas o mar e a margem permanecerão
eternamente........
entre a areia e a espuma.
O fluxo do mar apagará a impressão dos meus passos,
e o vento levará a espuma.
Mas o mar e a margem permanecerão
eternamente........
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Kahlil Gibran / Areia e Espuma
Uma pérola é um templo
construído pela dor à volta de um grão de areia.
Que nostalgia nos construiu o corpo e à volta de que grãos?
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Kahlil Gibran / Areia e Espuma
Uma vez, enchi a minha mão de bruma.
Quando a abri, a bruma era uma larva.
Voltei a fechar a mão, e então era um pássaro.
E fechei a abri novamente a mão,
e na sua palma encontrava-se um homem
de rosto triste, virado para o céu.
Mais uma vez fechei a mão,
e quando a abri já só havia bruma.
Mas escutei uma canção de uma doçura extrema.
Quando a abri, a bruma era uma larva.
Voltei a fechar a mão, e então era um pássaro.
E fechei a abri novamente a mão,
e na sua palma encontrava-se um homem
de rosto triste, virado para o céu.
Mais uma vez fechei a mão,
e quando a abri já só havia bruma.
Mas escutei uma canção de uma doçura extrema.
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Kahlil Gibran--Areia e Espuma
Não. Não tenho limites.
Quero de tudo
Tudo.
O ramo que sacudo
Fica varejado.
Já nascido em pecado,
Todos são naturais
À minha condição,
Que quando, por excepção,
Os não pratico
É que me mortifico.
Alma perdida
Antes de se perder,
Sou uma fonte incontida
De viver.
E o que redime a vida
É ela não caber
Em nenhuma medida.
Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram no minuto
em que talhei o sabor do sempre
Para ti dei voz às minhas mãos
abri os gomos do tempo assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano de tudo sermos
donos sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito para me procurar
e antes que a escuridão nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos vivendo de um
só amando de uma só vida
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram no minuto
em que talhei o sabor do sempre
Para ti dei voz às minhas mãos
abri os gomos do tempo assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano de tudo sermos
donos sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito para me procurar
e antes que a escuridão nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos vivendo de um
só amando de uma só vida
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in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas",
Mia Couto
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
ASHES AND SNOW -GREGORY COLBERT
Durante 14 anos Gregory Colbert organizou diversas expedições à Índia, Egito, Tonga, Namíbia, Sri Lanka, Quênia, Antártica, Açores e muitas outras regiões para fotografar a interligação entre os homens e os animais, no seu habitat natural. O trabalho culminou com a feitura deste extraordinário projeto. Um trabalho de grande paciência e sensibilidade. Gregory nos mostra o quão simples pode ser a coexistência pacífica entre as espécies. Tenta com ele despertar em nós uma consciência, como que para redescobrir um mundo harmônico entre homens a animais, como já o foi um dia no passado.
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Gregory Colbert------ Ashes and Snow
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criador de Asches and Snow,
Gregory Colbert
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